Donos de Smart Hub da Futurehome devem pagar anualmente cerca de 100€ para continuarem a usarem seus dispositivos
A Futurehome AS, empresa norueguesa fabricante da central Smarthub, entrou em falência judicial em 20 de maio de 2025. Seus ativos foram adquiridos por uma nova empresa chamada FHSD Connect AS, com metade pertencente aos antigos proprietários e metade à Sikom Connect
Até então, os clientes pagavam uma única vez pelos dispositivos (centrais, sensores, alarms, termostatos, etc.) e tinham acesso à totalidade das funcionalidades do app e da nuvem.

Desde 26 de junho de 2025, a Futurehome passou a exigir uma assinatura anual obrigatória de 1.188 NOK (~100€) para manter o funcionamento completo dos seus dispositivos (controle remoto, automações, energia, notificações, suporte etc.)
Após um período de gratuito de quatro semanas, os clientes sem assinatura perderam o acesso ao app, automações, modos, atalhos, funcionalidades de gestão de energia e até ao suporte técnico. Os dispositivos podem apenas operar manualmente sem controle via app
Recursos mais avançados e o acesso à API local também foram bloqueados, e a empresa informou que não garante que mudanças futuras não possam afetar ainda mais funcionalidade local
Os fóruns oficiais da Futurehome foram encerrados em junho, limitando o diálogo da comunidade.
A prática remete a casos famosos como a da Wink, que alterou seu modelo e gerou insatisfação e ações judiciais. Essas mudanças são vistas como “bait and switch”: vender produtos com promessa de uso sem taxas e depois cobrar pela funcionalidade essencial em um modelo pós-venda
Elemento | Detalhes |
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Razão oficial | Falência e necessidade de receita contínua para manter os serviços |
Preço da assinatura | 1.188 NOK por ano (iniciada em 26 jun 2025, com período de teste de 4 semanas) |
Perda de funcionalidades sem assinatura | App, automações, modos, suporte, controle remoto e energia |
Opções disponíveis sem pagar | Apenas controle físico local; configurações mínimas e reset |
Recepção dos consumidores | Altamente negativa, com críticas à quebra de confiança |
Legalidade em questão | Possível questão de direito ao consumidor devido à mudança abrupta de modelo |
A prática remete a casos famosos como a da Wink, que alterou seu modelo e gerou insatisfação e ações judiciais. Essas mudanças são vistas como “bait and switch”: vender produtos com promessa de uso sem taxas e depois cobrar pela funcionalidade essencial em um modelo pós-venda
Alguns usuários estão migrando dispositivos futuramente para plataformas como Homey Pro, que suportam os dispositivos da Futurehome localmente sem requerer assinatura, uma possibilidade já em desenvolvimento comunitário
Em resumo: a Futurehome mudou repentinamente sua estratégia comercial, obrigando clientes antigos a pagar uma assinatura anual por funcionalidades essenciais de dispositivos comprados anteriormente. A mudança aconteceu logo depois da falência da empresa-mãe, o que gerou grande insatisfação e questionamentos sobre ética e cumprimento de direitos do consumidor.
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